15.6.10

Os teus olhos hoje estavam límpidos e brilhantes, serenos, calmos. Já não me olhavas com raiva mas com ternura. Já me abraçavas, já me enchias de beijos outra vez. Posso dizer que o medo que tinha atenuou-se bastante. Senti-me recolhida de novo nos teus braços, muralha inultrapassável e que não pode ser derrubada. Senti-me feliz outra vez. :')

13.6.10

Continuo perdida. Preciso de um mapa, um conselho, um objectivo, um lugar certeiro para onde ir. Já não sei se ande para a frente, para trás ou se fique no mesmo sítio. Estacionária. Esquecendo o passado e o futuro e pensando só no presente. Mas o presente não faz sentido nenhum sem todo o passado que vem atrás. E todo esse passado não faz sentido nenhum sem ti. Eu sei que te quero, que preciso de ti, és essencial. Mas a verdade é que me estás a deixar cada vez mais e mais assustada. Essas tuas atitudes que me deixam tonta, essas tuas palavras que magoam mais que qualquer arma e essa tua incerteza que me fere por dentro. Essa incerteza que me leva a imaginar mil situações possíveis e na minha cabeça deambulam mil questões que o coração quer esclarecer mas que a boca não consegue pronunciar. E as dúvidas permanecem, os receios aumentam e a ferida alarga-se cada vez mais. E por muitas vezes que tu digas que está tudo bem e para eu ter calma, é impossivel. Porque logo no momento em que me deixas eu consigo pensar em tudo menos que está tudo bem. Pelo menos eu não me sinto bem. Leio as primeiras mensagens, vem-me tudo à cabeça e não acredito como podes sequer ponderar em deitar tudo isto fora. Todas as memórias, todos aqueles momentos que nos marcaram e que nunca mais vão ser vividos com mais ninguém. É de ti que eu preciso, é a ti que eu quero, a ti que eu amo. Não quero ninguém melhor. Não mereço ninguém melhor. Simplesmente amo-te demasiado para querer alguém mais. :s

8.6.10

Por vezes sentimo-nos perdidos. O que em tempos parecia ser o correcto agora já não o é. Para nós continua a ser mas para os outros não. Parece que algo mudou e nós continuamos ali, estáticos, imutáveis, sem perceber as mudanças à nossa volta. Desejamos que tudo fique igual ou que tudo fique melhor e andamos tão obcecados com essa ideia que não entendemos que algo possa ficar diferente. As palavras que dizemos já não são as mais correctas mas não compreendemos que está na hora de trocá-las por olhares. Olhares mudos que expressem o mesmo que pensamos mas que não provocam qualquer som. Um simples silêncio que diga tudo. E no entanto, quando finalmente entendemos que é esse silêncio que é necessário tudo parece mudar novamente. E os olhares mudos, surdos, já não bastam. É novamente preciso algo mais. Uma palavra quente e acolhedora que encha o coração de alguém e que nós até temos pronta para lhe transmitir mas apenas ainda não percebemos que chegou a altura de o fazer de novo.

«Estranhamente, sinto-me perdida por este caminho que segue sempre a direito.»