6.8.10

Aposto que não tens noção dos sentimentos que és capaz de provocar em mim. Do turbilhão de emoções que despoletas em mim. De cada vez que me tocas, de cada vez que me falas, de cada vez que me olhas. Sim, por alguma razão não sou capaz de fixar os teus olhos por mais de 5 segundos. E quando o faço as coisas não correm lá muito bem. Ou melhor, não correm como deviam. Tu tens o dom, ou o defeito, de descontrolar as coisas. E o mais estúpido é que eu sei disso, e gosto. Gosto da forma como me continuas a perturbar a respiração. Gosto da forma como viramos tudo a contrário e tudo deixa de fazer sentido. Não posso, mas gosto. Preciso de impôr regras a mim mesma para que consiga seguir um certo rumo e ultrapassar isto apenas com a tua amizade. Mas a verdade é que o coração quer mais que isso. Não lhe chega. E depois não sou só eu. Tu pareces indeciso. Queres, mas não queres. E é aí que tudo se baralha, as ideias na cabeça confundem-se. Mas dentro do peito fica tudo certinho. O coração bate de felicidade e o resto do mundo passa a não existir, outra vez.

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