10.3.11

Desde crianças que nos tentam incutir uma personalidade. Dizem-nos o que devemos ou não fazer, o que é bom ou mau, o que está certo ou errado. Crescemos num mundo onde nos rodeiam normas, regras, convenções. Tentam moldar-nos segundo um modelo perfeito, demasiado idealista para que alguém o alcance. Querem que sejamos boas pessoas, que nos esforcemos na escola, que lutemos para conseguir aquilo que desejamos. Querem que cresçamos felizes e saudáveis. Que arranjemos um parceiro, casemos, compremos uma casa e tenhamos um ranchinho de filhos. E no entanto, a história do 'e viveram felizes para sempre' não acontece com ninguém. Somos seres humanos, racionais. Temos capacidade de escolha. Capacidade de pensar por nós próprios e criar certas regras só nossas. Por vezes cansamo-nos da rotina da sociedade e simplesmente contornamo-la. De vez em quando temos de correr, gritar, dançar ou mesmo passarmo-nos da cabeça. Temos de voltar a ser crianças e fazer coisas ridículas. Temos de rir à gargalhada no meio da rua mesmo que fiquem todos a olhar. É importante libertar o nosso verdadeiro eu para que não o percamos. Se não o fizermos arriscamo-nos a não encontrá-lo quando formos procurar por ele. Resumidamente, não devemos ser quem os outros querem que sejamos.
Devemos ser nós, com todas as manias e excentricidades que isso possa incluir.

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