22.12.10

O nosso problema? Preocuparmo-nos demasiado. Temos esse horrível hábito de estabelecer uma rotina e de desconfiar de qualquer falha ou ruptura nela. Assim que há algo um pouco fora do habitual questionamo-nos. E se isso se mantém durante muito tempo a nossa cabeça começa a dar voltas e voltas, a pensar em tudo e mais alguma coisa, a tecer todos os cenários possíveis e impossíveis. Começamos a sofrer por antecipação. Mesmo antes de sabermos o que na realidade se passa já imaginámos tudo o que poderia passar-se. E muitas dessas coisas são negativas, assustam. Mass afinal porque é que nos preocupamos tanto? Depois, quando damos de caras com a realidade entendemos que nem sempre é preciso tanto drama. Só que temos esse terrível defeito. Preocupamo-nos porque amamos alguém, porque amamos a nossa vida, porque amamos a felicidade. E imaginar que poderíamos perder esse amor por algum motivo, por mais disparatado que fosse, provoca uma sensação medonha. Ficamos enervados, apavorados, e isto tudo porque só queremos manter aquilo que nos faz bem. Aquilo que é nosso e que custou a ganhar. E, no entanto, às vezes essa nossa preocupação nem é reconhecida.

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