20.6.11

Actualmente, as pessoas importam-se cada vez mais com as aparências exteriores do que com aquilo que realmente são no interior, ou como se sentem. Mesmo que isso implique ter uma vida sem significado, é preferível mostrar-se todos os luxos.
Nos nossos dias, os indivíduos dão um valor demasiado excessivo àquilo que pode ser visto e admirado pelos outros. O objectivo é sempre ser o melhor ou que tem as melhores e mais recentes coisas. Na realidade, a pessoa pode ter uma vida vazia, sem harmonia familiar, sem afectos, ou pode mesmo viver uma vida que nunca desejou. No entanto, desde que vista as melhores roupas, use os melhores acessórios e tenha a mais luxuosa mansão, consegue enganar os outros e até a si própria, fazendo-se passar por feliz. É comum ver alguém que seja totalmente infeliz, passear-se num carro topo de gama, com um enorme sorriso falso no rosto.
Para além disso, a própria sociedade já tem este defeito enraizado. É frequente discriminarmos aqueles que têm menos bens ou que simplesmente não os exibem constantemente. À medida que vamos ficando mais obcecados pela aparência, colocamos de parte aqueles que, simplesmente, não se podem dar ao luxo de se preocuparem com um aspecto tão banal e mesquinho. Até já nas escolas, com crianças tão pequenas, é possível observar uma desigualdade entre grupos, em que os mais populares (e, aparentemente, melhores) troçam e excluem os que não vestem roupas de marca ou que usam a mesma camisola de um ano para o outro.
Concluindo, vivemos numa sociedade de pernas para o ar, em que não se prezam valores como a solidariedade, a humildade ou a igualdade. Somos apenas um conjunto de indivíduos egoístas que prefere exibir os bens mais valorizados em deterimento de uma vida calma e feliz.



(texto mais ou menos elaborado durante uma intensa tarde de estudos para o exame de português)

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